Logo foi desenvolvido um sistema de exploração, digo, comércio, entre a ilha oriental e o governo lusitano, e não tardou para que outras nações, em particular a holandesa, tentasse também tirar proveito desse novo mercado. Então, no fim do séc. XVI ainda, o Japão volta a alcançar substancial unificação, sob o exercito e administração Tokugawa, que viria a durar 2 séculos e meio, e manteria o Japão isolado do resto do mundo.
Nesse período se desenvolve uma classe média comerciante japonesa, que é francamente desdenhada pela elite imperial, e essa classe ascendente passa então a buscar formas alternativas onde gastar seu dinheiro e se divertir. Cansados das suntuosas obras de arte da aristocracia imperial japonesa, também surge nessa época um grupo de artistas mais afins de trabalhar uma arte mais acessível ao povo, destacando cenas cotidianas do povo, do campo, paisagens, buscando expressar um sentimento de liberdade, evanêscencia, inconstância da sociedade, do mundo.
O sucesso do novo conceito de arte foi muito amplo, e logo também foi desenvolvido uma nova técnica de produção em massa dessas obras, baseado em xilogravuras.
Outro assunto que posteriormente também passaria a ser constantemente retratado e que inevitavelmente faria muito sucesso eram cenas de sexo explícito, conceito que ficou conhecido como Shunga.
Dois séculos depois e do outro lado do mundo, surgiria um movimento cultural na França inspirado nos mesmos motivos dos artistas japoneses do Ukiyo-e. Cansados da rigidez acadêmica, preocupada em retratar apenas a arte sacra de artistas do passado, um grupo de jovens, tendo como grande fonte de inspiração também o Ukiyo-e, começaram um novo conceito de arte, buscando expressar um sentimento de liberdade, evanescência do mundo, retratando cenas cotidianas, a natureza, ... enfim, surgia o Impressionismo.
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